domingo, 7 de novembro de 2010

* 01/02/2004 (Nova Zelândia) – MINHA PRIMEIRA CARONA

A viagem estava fantástica até então. Porém, viajar para fora não é algo tão barato assim. O dólar (usd) estava a R$3,00 !! Eu realmente precisaria economizar mais dinheiro. Ficar em albergues (hostels), beber água da torneira, andar horrores, não pegar táxi só busão, escolher os museus e atratividades a serem visitados por grana, era o mínimo que eu tinha fazer. Aliás, eu comia até o resto de comida que a galera do hostel deixava na cozinha (sempre tem uma cestinha, um cantinho que se pode deixar o que você não quer mais: pão, macarrão, cereais, temperos, etc.)
Ou seja, precisaria agora economizar com o transporte. Pegar ônibus de uma cidade para outra sai caro em uma viagem. Ainda mais quando se muda muito de cidades 1-4 dias em cada lugar.
Sai da ilha norte e fui para a ilha sul da Nova Zelândia. A viagem no barco estava prazerosa, o tempo estava lindo, perfeito para eu arrumar uma caroninha lá mesmo dentro do barco (balsa) para sair do porto (ilha sul) e ir para alguma cidade. Falei com um montão de gente (como sempre, falando até com a porta), mas não consegui pedir pela carona. Fiquei com vergonha. Sim, eu, Angelina, com vergonha!!
Saí do barco com a mochila nas costas e com a coragem de colocar o dedão na estrada. Estava tensa. Mega tensa. Sentia tudo gelado dentro de mim. Perguntei para um local qual era a direção para Nelson – Golden Bay (cidade ao noroeste) e onde seria um bom local para eu pegar uma carona. Segui os conselhos e fui. Caminhei uns 400 metros. Senti que demorou uma eternidade o ato de eu levantar o braço direito, colocar a mão na estrada e levantar o dedão. Sim. Consegui. A coragem veio. Ok, a corona não. Após a minha primeira tentativa, tudo ficou mais fácil. Consegui pedir com mais facilidade. Alguns carros pararam, mas eles estavam indo para outro lugar. Depois de uns 5min um moço se juntou a mim, Glenn Evans. Ele perguntou se eu não me importaria de pedir a carona juntos, pois para homens é mais demorado que para mulheres. Óbvio que eu não me importei. Ficamos conversando, inclusive ele me encorajou muito a viajar de carona, não só pelo dinheiro, mas é um estilo de viajar, é um estilo de vida (profundo .. vou escrever sobre as minhas historias de carona depois). Em 5min consegui um carro para nos dois. Fiquei tão feliz !! Foi a minha primeira carona !!

Glenn, tks a lot for appearing in my life, I don’t know if you remember, but the time we met (NZ – 2004) it was the first time I hitchhiked. Now, I am an expert hitchhiker, almost famous for it .. hehe

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